sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PAI NOSSO EM ARAMAICO

Estudo das palavras mântricas do Pai-Nosso/Mãe-Nossa original
Aramaico = Abwun d’bwashmaya.
Bíblico = Pai nosso, que estais no céu.
A palavra abwun se divide em quatro partes:
a – a eternidade, unidade, o mantra al, usado no som Alá ou Alaha, significa “um” (a unidade).
bw – nascer, luz, criação ou bênção.
u  –  energia da totalidade.
n –  força que movimenta a vida.
A palavra d’bwashmaya se divide em duas partes:
shm – aquilo que brilha, luz, vida.
aya – luz que brilha em todos os lugares.
Interpretação:
      Alma absoluta de luz criadora de tudo que se move, que se ouve, que está dentro e fora de nós por toda a eternidade.Unidade criadora, sua luz resplandece em nós e em tudo que há na mãe-pai do cosmo.
Aramaico – Nethqadash shmakh.
Bíblico – Santificado seja o Vosso nome.
      Nethqadash – curvar o coração ao sagrado ou a alma interior (Vem daqui a palavra judaica kosher, que significa sagrado).
      Shmakh (shm) – luz do coração ou do interior.
Possível tradução:
Prepare-nos para recebermos sua luz, clareando o nosso sacrário interno,
levando luz para todas as partes.
Aramaico – Teytey malkutakh.
Biblico – Venha a nós o Vosso reino.
      Teytey – venha, preencha minha intimidade.
      Malkutakh – reino interno, um dos nomes da Grande Mãe no Oriente Médio, casa da rainha ou da deusa.
Interpretação:
Venha, através do nosso desejo mútuo de união, abraçar os ideais justos do nosso planeta, da Grande Mãe Terra. Eleja unidade e individualidade (sem divisão).
Aramaico – Nehwey tzevyanach aykanna d’bwashmaya aph b’arha. 
Bíblico – Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu.
      Tzevyanach – desejo de coração (algo além do mental), propósito, compaixão (o preceito maior do budismo).
      Ayakanna – consciência, desejo da alma.
      Arha – a Terra como ser vivo, planeta gerador, não algo para ser explorado ou dominado; igualdade entre animais, plantas, água, terra, ar, etc.; o tratar bem nossa casa.
      Shm – luz.
      Aya – qualquer lugar.
Interpretação:
 Que o seu mais eterno desejo de compaixão e tolerância para cada forma de vida seja
também a nossa trilha de consciência. Ao entrarmos em contato com a sua consciência,
formaremos uma nova criação.
Aramaico – Hawvlan lachma d’sunqanan yaomana.
Bíblico – O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Hawvlan – produção, geração humana, criação com alma e vida.
Lachma – pão e compreensão, alimento da alma, paixão.
Chma – possibilidade, poder gerador.
Sunqanan – iluminação, ninho, consciência, geração.
Yaomana – Sabedoria, entendimento
Interpretação:
Produza em nós a compreensão/iluminação para dividirmos o pão (alimento) que a terra nos
proporciona, não exigindo dela mais do que necessitamos. Dê-nos a sabedoria para sentirmos
a terra que nos rodeia e sustenta.
Aramaico – Washboqlan khaubayn (wakhtahayn) aykanna daph khnan shbwoqan l’khayyabayn
Biblico – Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
shbwoqan– voltar à sua essência.
(Wa) Shboqlan – voltar ao estado original, restabelecer-se.
Khaubayn – energia interna, fruto negativo.
Khtahayn – erro, insucesso.
Ayakanna – a transformação deve ser feita na mente e no coração.
Interpretação:
 Apague de minha alma aquilo que me leva para a inconsciência para que eu volte ao meu estado original, esquecendo assim meus erros, frustrações e culpa. Alivie a nossa carga para que possamos nos sentir livres.
Aramaico – Wela tahlan l’nesyuna ela patzan min bisha.
Bíblico – E não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal.
Wela tahlan – não deixar seduzir-se pelas ilusões, pelo que é falso, pelo ego.
Nesyuna – agitação interna, tentação no sentido de perder-se na mente.
Bisha – ação imprópria, imaturidade (no hebraico: erro, mal).
Patzan – libertar-se, desapegar-se (a verdade, a sua verdade, o libertará).
Interpretação:
 Que eu aprenda a olhar além das aparências, liberte-me de ilusões e da estagnação interna
que me limita. Não nos deixe penetrar na ilusão, livre-nos da falsidade.
Aramaico – Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta l’ahlam almin. Ameyn.
Bíblico – Vosso é o reino, o poder e a glória, agora e para sempre. Amém.
      Alguns pesquisadores e estudiosos acreditam que esta parte não tenha integrado a oração (mantra) de Jesus. A versão bíblica de Mateus a contém, mas não a de Lucas. Para a versão aramaica, ela é um fechamento que torna o mantra absolutamente completo. Portanto sugiro que medite nela.
Metol – Nascimento, poder, força criadora
Dilakhie – local de grande felicidade, de abundância, campo fértil.
Malkutha – voz interna (“eu posso”), eu eterno.
Hayla – força de vida, energia produtiva, sustento.
Teshbukhta – som divino, canção mântrica.
L’ahlan almin – de tempos em tempos, passando de geração a geração para a eternidade.
Ameyn – palavra de juramento no Oriente. Pode ter se originado da palavra egípcia ament, que significa mistério da vida, morte e renascimento, apontando para os mistérios da criação/criaturas.
Interpretação:
 De sua abundante energia produtiva surge toda força, todo som divino, toda criação, que passa por todas as gerações. Amém. De sua força vital, que produz vida e sustenta a vida em cada criatura, planeta e tempo de geração a geração. Amém.
Eis outra possível tradução do Pai-Nosso, adaptada por mim do texto em aramaico
original para sua reflexão e meditação:
“Energia absoluta de luz, Deus Mãe, Deus Pai,
Criadora de tudo o que se move, se ouve, se vê.
Tudo o que está dentro e fora de nós
Inunda o nosso santuário interno, torna nossa luz útil.
Dá-nos tua energia para que possamos levar tua luz para todas as criaturas.
Vem, através do nosso desejo, criar idéias coletivas para o nosso planeta, para o cuidado da Grande Mãe.
Que o teu mais profundo desejo de compaixão e amor para cada forma de vida seja também o nosso.
Produz em nós a sabedoria para dividirmos o pão que a terra proporciona, sem exigirmos mais do que necessitamos e a iluminação para compartilhar essa sabedoria.
Que eu volte ao meu estado original, apagando minhas frustrações e meus erros, perdoando minhas limitações.
Que eu aprenda a olhar além do ilusório, libertando-me da superficialidade e analisando o que sou realmente.
De tua energia vital nasce toda criação, vida, som, força, que produz e sustenta o cosmo e faz desta uma verdade, de geração a geração.
Ameyn – Que possamos confiar na eternidade.”
Em minhas práticas meditativas e formações, tenho também utilizado para refletir e meditar a versão da tradução ocidental do Pai-Nosso, comparada com outra tradução do aramaico. Reflita a respeito:
                              Bíblico                                                                     Aramaico
Pai nosso, que estais no céuAlma absoluta de unidade que a tudo criou dentro e fora de nós, Mãe e Pai do cosmo
Santificado seja o Vosso nomePrepare-nos para nos fundirmos em sua luz, clareando nossa alma e levando consciência e luz para todas as partes
Venha a nós o Vosso reinoVenha seu desejo mútuo de tolerância e união que abraça todos os desejos de nossa casa externa e reino interno da Mãe e do Pai
Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céuQue seu desejo de compaixão e tolerância seja nossa trilha de consciência
O pão nosso de cada dia nos dai hojeProduza em nós a compreensão/iluminação para dividirmos os alimentos entre todos e dê-nos sabedoria para comungarmos com a Terra
Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a que nos tem ofendidoApague de minha alma tudo o que me leva para a inconsciência, para que assim me sinta sempre liberto
E não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do malLiberte-me de ilusões, falsidades, julgamentos e estagnação da alma
Vosso é o reino, o poder e a glória, agora e para sempreQue de sua infinita energia abundante surja toda força, todo som sagrado, toda criação que passa de geração em geração.
Amém.Ameyn


 

Fonte consultada: 


"O Livro de Ouro dos Mantras"

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O SOFRIMENTO DOS ANIMAIS... PORQUÊ?

O sofrimento faz parte dos meios de se fazer  evoluir o espírito primitivo e, com isso, ele desenvolverá sua consciência.

 À medida em que os espíritos dos animais  expandem sua consciência por diversos estímulos, inclusive a dor, expandem também a condição de desenvolver sentimentos relacionados ao amor, tornando-os aptos a entrar em outra faixa evolutiva. Como se diz entre os espíritas, tudo está ligado em uma evolução única: DO ÁTOMO AO ARCANJO... REINOS MINERAL, VEGETAL, ANIMAL,HOMINAL, ANGELICAL. TODOS SÃO UM.




Na verdade, as condições que determinam o sofrimento diminuem à medida em que desenvolvemos a consciência.Na condição humana, ainda persiste o sofrimento porque não atingimos o nível ideal de consciência. Quando atingirmos esse nível ideal de evolução, a dor desaparecerá de nosso meio e somente existirá o que for natural e suportável. 


"O sofrimento, nos animais (AQUELE SOFRIMENTO QUE VEM COM AS LEIS DA NATUREZA E NÃO COM A LEI DOS HOMENS) , é um trabalho de evolução para o princípio de vida que existe neles; adquirem por este modo os primeiros rudimentos de consciência."

                                                                                                                (Leon Denis)

Vivemos neste mundo ainda primitivo e por isso estamos em um estágio atrasado. Faz parte do nosso aprendizado o convívio PACÍFICO com nossos companheiros de viagem evolutiva. Entre estes companheiros estão os animais. Muitas pessoas, por estarem ainda aprendendo sobre o convívio com esses companheiros não-humanos, os veem como seres inferiores e por isso mesmo creem, equivocadamente, ter direitos sobre eles. Alguns não sabem ou não acreditam que sentem dor e sofrem. Outros sabem disso, mas se divertem infringindo-lhes dor. De acordo com a Lei de Amor, os animais são tão importantes para Deus quanto nós. Não podemos nos colocar acima deles, a ponto de tê-los como objetos ou escravos. Certamente, aquele que abusa dos animais, maltratando-os e fazendo-os sofrer, terá de acertar suas "contas" antes de continuar a evoluir.




 A Justiça da Terra pode não ser eficaz contra os agressores dos animais, mas a Divina não falha. Se agirmos como agressores, teremos a oportunidade de encontrar situações para nos redimir do mal que lhes fizermos e somente então prosseguiremos com nossa caminhada evolutiva. Isso não por castigo, pois Deus não castiga ninguém, mas sim  por misericórdia divina, que sempre dá oportunidade ao faltoso de expiar seu erro e de aprender com ele.

Devemos distinguir, nessa reflexão, a diferença entre o sofrimento oriundo DA LEI NATURAL, e o sofrimento oriundo da GANGRENA PUSTULENTA DA MALDADE HUMANA. Esse sofrimento último é um efeito gerado por nós, os homens, e é  nossa responsabilidade erradicá-lo do planeta, fazendo bem aos nossos animais, plantas e semelhantes.

NÓS, SERES HUMANOS,  SOMOS A VERDADEIRA ORIGEM DO SOFRIMENTO QUE EXISTE EM TODO O PLANETA.






Veja um animal morrendo naturalmente por alguma doença ou velhice...Ele sofre algumas dores, um pouco mais, um pouco menos, mas geralmente entra em um estado de apatia, como se fosse uma anestesia natural. Pára imediatamente de comer ou beber, porque aceita a vinda da morte com naturalidade e , como o anjo que é, a acolhe de braços abertos... Agora, veja a morte nos matadouros, o horror nos olhos dos animais... Veja a morte na queimada de uma floresta... Veja os animais  que são abandonados num "habitat" hostil, de cimento e concreto, onde não há água ou comida, onde há apenas a apatia e a crueldade humana... Onde não há grama para protegê-los do frio... 

Senhor, tenha piedade dos homens que fazem mal aos inocentes, porque irão se arrepender um dia amargamente devido à LEI DE CAUSA E EFEITO.

SABER O PORQUÊ DO SOFRIMENTO NÃO NOS DÁ O DIREITO DE IMPINGI-LO POR SADISMO!  A EVOLUÇÃO ACEITA O SOFRIMENTO NATURAL, NÃO O IMPOSTO PELA MALDADE.

 A nossa "conta" com o Universo aumenta seu débito, e muito, com o sadismo ou a indiferença para com os nossos irmãos animais! 
A morte natural de um animal nunca é cruel. Às vezes as dores se dura um pouco mais, mas é algo que faz parte da evolução e, na natureza, raramente essa morte se prolonga artificialmente por semanas e meses... A Lei natural, manifestada na cadeia alimentar, traz ao animal uma morte geralmente rápida e indolor. 

Cruel é o que O SER HUMANO FAZ COMO CARRASCO, TORTURADOR E EXECUTOR DOS ANIMAIS.

E não me venha você me dizer que precisamos produzir e comer carne devido à cadeia alimentar  porque isso é desculpa covarde: com nossa tecnologia, a produção de alimentos não precisa da matança dos animais. Nossas paixões inferiores, as churrascadas dos fim de semana regadas à cerveja e as indústrias que ganham dinheiro com essa matança  é que precisam justificar a carnificina dos inocentes...

Em resumo: tanto no animal como no ser humano, o que traz a dor é A ATITUDE NÃO NATURAL , CRUEL E EGOÍSTA DOS SERES HUMANOS QUE HABITAM A TERRA.

AO MUDARMOS NOSSAS ATITUDES  PARA COM OS ANIMAIS, NÓS MESMOS E A NATUREZA, O SOFRIMENTO CRUEL TAMBÉM CESSARÁ!

Não  vai o sofrimento parar por completo, como mágica, pois a dor é aliada do corpo para um alerta de que algo vai mal ou que devemos reagir de alguma forma e a doença é uma das maneiras de se fazer a "passagem" para o mundo espiritual, mas, de certo, o sofrimento se tornará algo perfeitamente natural e suportável, pois estará amparado pela LEI DA NATUREZA, DO  AMOR E DA CARIDADE FRATERNA. HAVERÁ APENAS O QUE É NATURAL.

BENDITO O SEJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS POR LEVAR  LUZ AOS CORAÇÕES EMPERTENIDOS NA IGNORÂNCIA MALDOSA. QUE OS MENTORES ESPIRITUAIS AMPAREM OS ANIMAIZINHOS  E OS LIBERTEM DE TODA DOR.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O NÚMERO SETE NA CRIAÇÃO CÓSMICA E NOS CICLOS PROFÉTICOS-PARTE DOIS.



O NÚMERO SETE NA CRIAÇÃO CÓSMICA E NOS CICLOS PROFÉTICOS-PARTE DOIS.





                                                               “Deus não joga dados” (Albert Einstein).

                                                                 Mas se jogasse, ganharia com certeza...


O acaso não existe. Existem probabilidades. E existe a inteligência cósmica criando as regras dessas probabilidades com uma perfeição matemática que foge à nossa compreensão. Os números, mostraremos isso em diversos “posts”, estão nas profecias e na “linguagem cósmica” do Criador. E o sete, como veremos mais uma vez, é o número que manifesta a perfeição de um ciclo completo, pleno, manifesto.

Um livro interessantíssimo, “Hidden Treasures in the Biblical Text", do escritor Chuck Missler, discursa  sobre as chamadas estruturas “heptadics” e  nos evidencia a perfeição cíclica externada pelo número sete de maneira inequívoca, quase assustadora. A recorrência do sete, ou um exato múltiplo de sete, é encontrado através de toda bíblia abundantemente e sua ocorrência é notável mesmo para um leitor casual.

Nós encontramos o sete na criação do Gênese, nas setes festas de Israel, nos anos em que Jacó serve a Labão para ter direito a desposas suas duas esposas, nos sete dias de chuva depois que Noé entra na arca, nas sete vacas gordas e sete vacas magras existentes no sonho do faraó cujo teor foi interpretado por José, nas setes lâmpadas de Menorah, nos sete elementos do tabernáculo, nos sete dias de celebração do pão sem fermento... Os sete sacerdotes com sete cornetas circulando Jericó, as sete nações de Canaã, nas sete pragas do Egito... E por aí vai!

No livro da Revelação, o Apocalipse, temos sete igrejas, sete candelabros, sete estrelas, sete selos, sete chifres, sete espíritos de Deus, sete anjos, sete trombetas, sete trovões, sete coroas, sete últimas pragas, sete taças, sete reis...

Quanto mais se examina a Bíblia, mais evidências temos da recorrência do número sete. E agora a pergunta de um milhão de “créditos” espirituais é ... (Se há “moeda” no “céu” ela deve ser contabilizada pela expressão quantitativa da nossa evolução espiritual e DE NOSSAS BOAS OBRAS! Bem, voltemos à pergunta...) POR QUÊ ISSO ACONTECE? Resposta: sete é o fechamento de um ciclo, o ato manifestado e consumado nos tempos do Criador.

Vejam agora algo fascinante: considerem uma árvore genealógica que teria que ter, obrigatoriamente, os seguintes critérios AO MESMO TEMPO:

1)      O número de palavras divisíveis por sete sempre, uniformemente.

2)      Os números de tópicos também divisíveis por sete.

Fácil? Vamos complicar um pouco mais...

3)      Os números de vogais e o número de consolantes também divisíveis por sete.

4)      O número de palavras que começam por vogal devem ser divisíveis por sete.

Não ficou ainda desafiador o bastante? Vamos então adicionar mais condições...

5)      O número de palavras que começam por vogal devem também ser divisíveis por sete.

6)      O número de palavras que começam por consoante são divisíveis por sete.
Curioso agora? Não, não terminamos ainda...

 7)      O número de palavras que ocorrem mais de uma vez devem ser divisíveis por sete.

      8)      O número de palavras sinônimas que ocorrem em mais de uma forma devem ser divisíveis por sete.

      9)      O número de nomes que aparecem devem ser divisíveis por sete.

    10)   Apenas sete palavras não são substantivos.

     11)   O número de substantivos na genealogia deve ser dividido por sete.

     12)   O número de nomes masculinos deve ser dividido por sete.

     13)   O número de gerações deve ser 21, número múltiplo de sete.


Diga-me, há chance de se construir uma genealogia com TODAS ESSA CARACTERÍSTICAS AO MESMO TEMPO, randomicamente, por acaso?


“Claro que há!” dirá você. E se você for uma daquelas (raríssimas) pessoas que gostam de matemática, vai começar a calcular a probabilidade de cada item descrito acima acontecer AO MESMO TEMPO. Para cada vez em que a quantidade sete aparecer, há seis chances dessa ocorrência falhar e uma dela ocorrer, então...

Estou até imaginando você fazendo a conta: Um item: 7. Dois... 7x7... Três características... 7 x7x7=343... Lá pela nono item você estaria com o seguinte: 7 elevado a nona potência que dá... 40.353.607 !!

E chegamos até o nono item, hein, imagine só calcular todos...

“Tá, tá, e daí?” (Imagino você  com uma expressão  um pouco impaciente agora...) “Onde está essa assombrosa genealogia onde todos esses setes aparecem?”

Nova resposta: essas característica numéricas foram encontradas na GENEALOGIA DE JESUS CRISTO, descrita nos 11 primeiros versículos do Evangelho de Mateus.

Se você for um cético (você tem o direito de ser) me dirá agora: “Isso foi fabricado. Forjado. O tal Mateus ficou em cima disso aí até dar certo, com todos esses setes e seus múltiplos!”

Mas vamos pensar juntos no que temos até aqui: apenas nove características juntas da lista que fizemos dá uma probabilidade de quarenta milhões contra um. Segundo Chuck Missler, se você trabalhasse 10 minutos em cada condição proposta, e ficasse sobre esse projeto 40 horas por semana durante, digamos, 50 semanas em um ano (o ano comercial tem somente 48 semanas) você iria trabalhar por 3000 anos para terminar essa tarefa por tentativa aleatória.

Estudiosos, como o Dr. Ivan Panin, descobriram outras peculiaridades com o sete e seus múltiplos em outras partes da Bíblia, mas vou deixar esse tema para quando falarmos especificamente dos códigos bíblicos. Por ora, creio já ter evidenciado que os números ocupam um lugar de estaque na “linguística cósmica", notadamente ele, o   sete.

           


                                                                   CONTINUA... PARTE 3: O SETE NAS PROFECIAS.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

OS MISTÉRIOS EGÍPCIOS


 
 
 
“ Veja, não está escrito neste pergaminho? Leia, tu que descobrirás nas eras futuras, se Deus lhe der o poder de ler; Leia, criança do futuro, e aprenda os segredos do que é superior a tudo mais e que está tão longe de ti, ainda que na realidade, esteja tão perto. Os homens não vivem apenas uma vez e depois desaparecem para sempre; vivem inúmeras vidas em diferentes lugares, mas nem sempre neste mesmo mundo e, em meio a cada vida, há um véu de sombras. As portas finalmente se abrirão e veremos todos os lugares que nossos pés percorreram desde o princípio dos tempos. Nossa religião nos ensina que vivemos para a eternidade. No entanto, como a eternidade não tem fim, não pode ter um começo;é um círculo. Conseqüentemente, se a unidade é verdadeira,isto é, vivemos eternamente, o contrário também deve ser verdadeiro, ou seja, sempre existimos.  Aos olhos dos homens, Deus tem muitas faces e cada um jura que viu a verdade e o Deus único. Mesmo que não seja assim, todas essas faces são apenas faces de Deus. Nosso Ka, que é nosso duplo, nos revela tais faces de diferentes modos. Das profundezas ilimitadas da fonte de sabedoria,que está oculta na essência de cada homem, percebemos grãos da verdade,que conferem o poder para realizar coisas maravilhosas àqueles dentre nós que têm o conhecimento”. (Papiro de Ani, chefe dos escribas do faraó Seti I (1)

 
                                Papiro de Ani

  

 


 


 
Explicar o porquê de eu estar escrevendo esse "post" é fundamental. Eu me interessei pelo Espiritismo sob o enfoque dos ensinamentos de Kardec (Creio que não se deve enveredar por essa doutrina sem antes estudar atentamente o pentateuco espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro do Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese). E me perguntei: Kardec foi o primeiro a codificar a doutrina trazida pelos Espíritos até nós, mas, antes desse fato, os espíritos já não estariam mandando mensagens sobre a vida após a morte para a humanidade de uma maneira similar à encontrada na doutrina espírita? Começei a pesquisar e o que descobri foi que Deus sempre mandou mensagens sobre "a verdade espiritual" aos homens e estes, ao recebê-la, a deturparam e corromperam, mas a mensagem na sua essência permaneceu pura, límpida, para aqueles que sabem buscar...  "Buscai e achareis".(2)
Vamos pensar sobre o enunciado escrito na tumba do escriba Anis... No trecho transcrito no início do post , traduzido dos hierógrifos, estão muitos princípios espíritas que podermos encontrar hoje nos "Livro dos Espíritos" (3) e que eram tesouros imateriais recebidos apenas pelos antigos inciados nos MISTÉRIOS EGIPCIOS..  Eis o que ele nos trás:
 
       1)       A pré existência da alma.
 
        2)    A afirmação positiva sobre as encarnações.
 
         3)    O comentário sobre o Ka, que é chamado de duplo.(Não vamos confundir com o duplo etéreo, tá?)  Ka seria a capacidade do espírito de manter sua consciência após a morte. Seria as características individuais, o ego. Também era chamado de “duplo” pelos egípcios porque o Ka simbolizava o embate entre  o “eu” verdadeiro e o falso que  aquele que é influenciado pelo mundo material.
 
      Um ponto interessante a realçar sobre o Ka:O self falso,chamado pelos antigos egípcios de Dezgreg, é aquele que se deixa levar pelas ilusões materiais do mundo . O eu verdadeiro, chamado de Dezmaa, é de natureza espiritual, e vem como intuição das vidas passadas!
      
      Não é assim que  os diversos livros espíritas nos mostram a realidade do espírito encarnado? O espírito reencarna com as boas intuições do que deve fazer, orientado pela sua consciência, o “eu” verdadeiro herdado das vidas passadas, enquanto o mundo material tenta iludir o “falso eu”, que é aquele que vive o aqui e o  agora sem idéia de futuro ou passado. 
 
Segundo os antigos egípcios, antes que os seres humanos pudessem alcançar a graça suprema do Céu, deveriam superar todos os estágios intermediários em suas próprias consciências.
 
Se, durante a vida, o falecido tivesse  sucesso na identificação de si mesmo e de seus órgãos  com as leis da natureza, as demais encarnações se tornariam desnecessárias  e ele se uniria às leis e se libertaria do “mundo das aparências”. Se o falecido não tivessse percepção  do seu Ka (alma consciente),continuaria retornando a Terra outras vezes.
 
 
 Segundo Dr. Ramses Seleem, em seu “O Livro dos Mortos do Antigo Egito” (4) o Ka, ou natureza interna de cada pessoa,era único. Esse Ka não era mau intrinsecamente, ainda que tivesse herdado  más qualidades de vidas passadas, pois o estado da vida atual era sempre neutro. A alma,segundo as crenças egípcias, passava por um rio de esquecimento para nascer inocente.
 
No Egito antigo, todas as crianças que completassem  cinco anos eram testadas no templo para  conduzirem seus destinos de acordo com as tendências naturais herdadas pela alma; para levar uma vida de acordo com o seu Ka.
Mais de uma vez, vemos no Papiro de Ani o ensinamento cristalino da reencanação. Eis um trecho da tradução:
 
 
1)    “...vivem inúmeras vidas em diferentes lugares, mas nem sempre neste mesmo mundo e, em meio a cada vida, há um véu de sombras...”
 
Aqui temos o ensinamento de que o Espírito vive não somente várias vezes, em diversos lugares da Terra, mas também em diferentes mundos. E a analogia de idéias nos leva de encontro ao Livro dos Espíritos, nos ensinando que há muitos mundos no Universo... (Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais) (5)
 
 Nesse trecho do papiro, também encontramos a idéia da erraticidade da alma, quando ele  afirma que entre a uma vida e outra há um véu de sombras. A palavra sombras, no texto, não assume um sentido de “trevas”, mas sim, do que ainda não nos é revelado abertamente.
 
5)“...Mesmo que não seja assim, todas essas faces são apenas faces de Deus...”
 
As faces de deus seriam as leis naturais e os fragmentos da “Verdade universal” que o homem busca encontrar. Mas o texto fala de um único deus com suas leis, e não de vários deuses.
 
Um ponto fundamental a esclarecer:  a essência da religião egípcia não era politeísta.
 
 
  Abusos e deturpações da religiosidade aconteceram, é evidente, como acontecem em todas as religiões. Cito como exemplo dessas deturpações  o desagrado dos sacerdotes quando Amenófis IV( 5), o faraó, voltando à essência  da religião egípcia, implantou a adoração única de Aton... Para Amenófis,que depois se intitulou Akhenaton (aquele que adora Aton), deus era um princípio divino invisível, intangível e onipresente, porque nada pode existir sem ele.
                       


 


                                 Akhenaton
 Aton tinha  a possibilidade de revelar o que estava oculto, sendo o núcleo da força criadora que se manifestava sob inúmeras formas, iluminando ao mesmo tempo o mundo dos vivos e dos mortos e, portanto, iluminando o espírito humano. Por isso, era  a sua representação, o disco solar, sem rosto, mas que a todos ilumina.
 
A tradução de Aton Ra seria Deus,principio de toda a luz.. Ele existia antes de qualquer tempo ou espaço.
 
Vejam o que o “Livro dos Mortos “ diz sobre Deus:
 
“ Nenhum de seus pensamentos pode conceber Deus,nenhuma linguagem pode defini-lo. O que é incorpóreo, sem forma, invisível e não pode ser apreendido pelos nossos sentidos;O que é eterno não pode ser mensurado pelos critérios limitados do tempo. Deus é inefável.”
 
   Assim, no topo da espiritualidade egípcia havia um deus único, com qualidades análogas às que “O Livro dos Espíritos” nos ensina.
 
Logicamente, essa visão abrangente e evoluída de Deus era dada  prioritariamente aos “iniciados”. Como diz o Papiro de Ani, era dado àqueles que tinham o “conhecimento”.
 
 A mitologia continha parábolas espirituais e  os deuses representavam facetas das leis naturais, chamadas de Paut. O Paut seriam as principais leis da natureza que funcionam na psiquê humana.
 
Todavia, para o povo; para os homens simples que tinham uma visão cósmica embrionária, os mitos perdiam sua função  alegórica para assumirem  uma interpretação literal. Os símbolos que personificavam as leis naturais passavam a ser vistos como divindades autônomas. Essa visão era  incentivada  pelos sacerdotes que disputavam prestígios para sua cidade e “divindades”, daí, a imensa oposição deles quando Amenófis IV instituiu a adoração de Aton, o deus único,  como sendo a única permitida abertamente.
 
Em “Evolução em  Dois Mundos”(6),no capítulo  “Corpo Espiritual e Religiões”, o espírito de André Luis, psicografado por Chico Xavier, dá importante destaque a espiritualidade egípcia, quando afirma:
 
“Dentre todos, desempenha o   Egito  missão especial, organizando escolas de iniciação mais profunda.
Em obediência aos requisitos da crença popular, herdeira intransigente das fixações mitológicas, mantém o sacerdócio cultos diversos a deuses vários, nas manifestações exotéricas  dos templos descerrados ao povo.
O  lar e a escola, a agricultura e o comércio, as indústrias e as artes possuem gênios  especiais que os presidem, em nome da convicção vulgar, mas, na intimidade do Santuário, o monoteísmo dirige a implantação da fé.
A Unidade de Deus é o alicerce de toda a religião egipciana, em sua feição superior.”
 
Kardec nos dá ( Capítulo I “ As Causas Primárias”  do Livro dos Espíritos)  ­ os atributos de deus: deus é eterno, imutável,imaterial,único,soberanamente justo e bom.
 
Para os egípcios antigos, o supremo deus era incorpóreo, invisível, eterno,inefável.Ele não podia ser medido pelas regras temporais. Como se pode ver,esse deus  nada tem da visão politeísta e selvagem que os ocidentais têm da religião egípcia. A este poder Supremo, que criou o céu, a terra, os animais e tudo o que existe e existirá, deram o nome de Emen Ra (luz oculta), Atum-Ra (a fonte e o fim de toda a luz) ou Eaau, poder que foi polarizado e expandido criando o Universo.
 
Os inumeráveis deuses do Egito antigo são apenas diferentes aspectos e atributos desse Deus único.
 
Os egiptólogos se equivocaram ao traduzir, nos hierógrifos, palavras Nefer e Nefrit como deus e deusa. Nefer é lei natural, masculina. Nefrit é lei natural, feminina. Seria leis naturais polarizadas da natureza, como é,na visão oriental, o Yin e Yang. Dessa tradução errônea nasceu o conceito deturpado sobre a visão cósmica da religião egípcia.
E de Rougé escreveu o seguinte em um artigo da Revue Archéologique, em 1860,pág 73:( 7)
 
“ A unidade de um ser supremo e auto existente, sua eternidade, sua onipotência e eterna reprodução como deus; a atribuição da criação e de todos os seres vivos ao Deus Supremo;a imortalidade da alma, integrada pelo dogma das punições e recompensas, tal é a sublime e persistente base sobre  a qual, apesar de todas as variações e embelezamento mitológicos, estão protegidas as crenças dos antigos egípcios o que a coloca no mais honorável e destacado lugar dentre as religiões da antiguidade.”
 
Corroborando com a idéia com o autor do trecho acima, temos a espiritualidade Egípcia espraiando seus ensinamentos como embriões da moralidade judaico-cristã.
 
Como exemplo desse fato, temos as Quarenta e Duas Confissões Negativas  do Papiro da Real Mãe Nezemt.(Coloquei a oração-confissão completa no final desse post, é linda, não deixem de ver...) Como bem salientou o Dr. Ramses Saleem em seu livro,essas confissões são precursoras dos Dez Mandamentos divulgados por Moises que foi um iniciado nos Mistérios Egípcios. A diferença é que, enquanto as Confissões assume a conotação de uma moralidade pessoal, os Dez Mandamentos foi generalizado para todo um povo, e posteriormente para toda a humanidade. Mas a semelhança entre eles é surpreendente. (Coloquei as Confissões da Real Mãe Nezemt, Prancha 5,  como anexo no final desse tratalho, para quem quiser compará-las às tábuas mosaicas.).
 
 Embora Rougè tenha citado “punições e recompensas”, os egípcios viam essas punições e recompensas como algo aceito conscientemente, e não imposto,pois, na crença egípcia,quando o falecido chegava no dia do julgamento onde os atos de sua vida seriam pesados na balança de Maat (Justiça) ele próprio decidiria que tipo de vida iria levar na próxima encarnação. Os espíritas e reencarnacionistas em geral também pensam assim.O Espírito, pelo seu livre-arbítrio, era seu próprio juiz, carrasco e executor!
 
 
 
 
 Impressionante, não é mesmo? Não vemos nos livros de André Luiz o arrependimento e a vontade de se redimir como sendo quesitos básicos para a alma na erraticidade ter uma nova oportunidade nos elos  encarnatórios?  É pelo  uso do livre arbítrio que as almas percorrem o seu ciclo espiritual evolutivo!
 
Para me aprofundar um pouco mais na espiritualidade dos antigos buscando um paralelo espiritual com a doutrina codificada por Kardec, busquei o livro do Dr,Ramsés Saleem que traduziu o “Livro dos Mortos” e o comentou sabiamente.
 
“O Livro dos Mortos”, também conhecido como sendo “ O Livro para sair a Luz” descreve o futuro da alma no mundo intermediário após a morte. Esse mundo era conhecido como Dwat e tinha  um conceito para os antigos egípcios muito próximo ao “Umbral” dos Espíritas. A alma,segundo os escritos, viajava do reino da Terra (Ta) para o reino inferior (Dwat) e finalmente para os reinos espirituais  de Nut (Céu), fosse para renascer ou para unir-se com as almas perfeitas que não mais estavam sujeitas às leis da reencarnação.
 
Esses textos ,segundo a crença da mitologia egípcia, teria sido escrito há 50 mil anos por Tehuri, símbolo do Verbo Divino e da Suprema Inteligência. Segundo  o Dr. Saleem, “O Livro dos Mortos” é o único registro vivo de um mistério duplo: o mistério da vida e o mistério da morte. Explica a vida em sua continuidade e a condição da alma tanto nessa vida como no Dwat. (Umbral). A salvação egípcia era baseada na sinceridade e no comportamento da pessoa durante a vida.
 
Um outro ponto fundamental ao entendimento do nosso estudo:  os egípcios  não acreditavam nas ressurreição dos corpos mumificados. A mumificação era um reconhecimento da família aos esforços que o morto havia feito durante a vida para conseguir a eternidade de sua alma.
Segundo eles, a alma viajava no reino de Ta (a Terra) para aperfeiçoar-se, renascendo,ou para, após a morte, unir-se –as almas perfeitas, a quem  nós, espíritas, chamamos de “espíritos puros”.
 
Nessa viagem sobre a Terra, todos nasciam com diferentes quantias de desenvolvimento espiritual, conforme os esforços realizados em vidas passadas.
 
Não é notável e surpreendente  as semelhanças com nossa doutrina? Parecem notas de uma mesma melodia tocadas com arranjos diferentes, condizentes à cada  época da evolução histórica.
 
Um outro ponto fascinante se nota quando analisamos a escala espírita e a escala egípcia para as almas.
 
Segundo Kardec, os espíritos admitem, geralmente, três principais categorias ou três grandes divisões classificatórias na espiritualidade. Na base da escala estão os espíritos imperfeitos,caracterizados pela predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão ao mal. Os da segunda classe têm a predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo de praticar o bem:são os espíritos bons.O topo da escala compreende os espíritos puros,os que atingiram o supremo grau de perfeição (Livro dos Espíritos, Livro segundo,capítulo 1, pag81, versão de bolso). Essas  três divisões principais têm sub divisões, como os espíritos levianos, pseudo-sábios,neutros ou  pertubadores dentro da classe de espíritos imperfeitos.
Temos numa visão ascendente os espíritos benévolos, sábios, prudentes e superiores dentro da classificação  dos bons espíritos e por último, no mais alto grau da hierarquia espírita, os espíritos puros.
Notem que interessante: para os egípcios, havia  de acordo com o Ka pessoal, sete classes de almas: A classe mais baixa era a dos humanos demoníacos, como os assassinos seriais, os estupradores e os demais  que viviam pela Lei da Força. A segunda classe era composta pelos humanos menores que viviam segundo as leis sociais, trapaceando, mentindo, fofocando e ferindo outras pessoas sem motivo. Estou aqui assumindo a conotação de alma tanto encarnada como desencarnada. Note que nessas duas  classificações  poderiam estar os espíritos da terceira e última  escala geral do Espiritismo.
A outra classe era a dos humanos bondosos que viviam de acordo com a Lei da Justiça e empenhavam seus esforços para viverem de maneira correta; era a classe das pessoas responsáveis pelo avanço de qualquer nação (se encarnadas) ou de qualquer comunidade espiritual (se desencarnadas). A próxima classe eram os mestres, que viviam pela Lei do Amor.A quinta classe eram os que viviam não somente pela Lei do Amor mas também pela Lei da Virtude. A sexta classe, os imortais, eram governados diretamente por Deus e a lei da morte não mais se aplicavam a eles. A sétima classe, os habitantes do reino dos Céus, também eram diretamente governados por Deus e viviam na Via Láctea.
 
 
 
Classificação dos espíritos encarnados e desencarnados
Visão espírita
Visão da espiritualidade egípcia
Impuros
Demoníacos
Levianos
Humanos menores
Pseudo-sábios
Humanos menores
Neutros
Humanos menores
Batedores e pertubadores
Humanos menores
benévolos
Humanos bondosos
Sábios
Humanos bondosos
Prudentes
Os mestres
Superiores
Os imortais

Puros

Os habitantes do reino dos céus
 
 
Origem e destino dos Espíritos:
 
Os egípcios acreditavam  que as almas habitavam outros mundos físicos e espirituais, e não somente a Terra, tal qual os espíritas acreditam hoje.
 
Eles afirmavam que os espíritos que causavam  a destruição dos pecados existiam na Constelação da Ursa Menor e são refletidos na Terra pela lei da Harmonia.
 
Para eles, os espíritos superiores estariam na constelações de Orion, Touro e Leão. A alma do falecido viajaria, se fosse pura o suficiente, para Sirius, (na constelação de Orion)  acompanhada das crianças de Heru (centros energéticos vitais que explico a seguir). Depois, se tivesse tal merecimento, iria em direção norte para a constelação da Ursa Maior.
 
Fascinante notar que, para os espíritas a  origem e destino das almas também estão igualmente nas  estrelas, inclusive em locais espirituais idênticos. (Só nos resta compreender o quanto esses “locais celestes”  são físicos, vibratórios ou, simplesmente, dimensões  que estão fora dos  conceitos terrestres  de espaço e tempo.)
 
 A referência aos “anjos caídos” em nossa Bíblia  seria uma alegoria para explicar o exílio de espíritos superiores, vindos da estrela do Cocheiro (Capela) , para a Terra, em tempos remotíssimos. (Vejam os livros Exilados da Capela de Edgard Armond) (8)
 
E o  livro “O Universo e Vida”, ditado pelo espírito Áureo, afirma: (9)
 
“Quando Sirius, da Constelação do Grande Cão, atingiu a posição de sistema de orbes regenerado, muitos espíritos orgulhosos e rebeldes que lá habitavam foram transferidos para Capela, da Constelação do Cocheiro que era, na ocasião, um sistema de mundo de provas e expiações.”
 
O espírito de Emmanuel, auxiliado pela mediunidade de Chico Xavier, também dá o seu testemunho sobre o exílio das almas imperfeitas de Capela para a Terra:
 
“Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante seus corações empedernidos na prática do mal, seriam andariam desprezados na noite dos milênios de saudade e de amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o Paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a luz suave de Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.” (10)
 
Acredito que seja mais do que coincidência as semelhanças impressionantes! Houve, segundo os espíritas, um exílio de Sirius para Capela e, posteriormente, quando esta se tornou orbe  purificada, houve um exílio de Capela para a Terra!  Segundo os egípcios, era justamente em Sirius que os espíritos superiores se estabeleciam, escapando dos ciclos  encarnatórios!
 
Logo, tantos eles, os antigos iniciados,  como os espíritas têm a crença no mesmo destino celeste para as  almas purificadas!
 
 Vejam,neste mapa abaixo como as duas estrelas, Capela e Sirius, estão em constelações  relativamente próximas:


 


 
O jeito mais fácil de encontrar Cocheiro (Capela) é justamente localizar Orion, a constelação em que os Egípcios diziam estar os espíritos superiores. Touro é para a direita (Oeste) e, por cima desses dois, muito mais alto no céu, consegue-se ver Capela.
 
As constelações de Auriga (onde está Capela) , e depois de Orion ( onde está Sirius),  seriam o destino da humanidade purificada...
 
Obs: Depois de algum tempo que havia feito esse estudo, encontrei uma explicação de Emanuel condizendo com a minha tese de que os espíritos superiores dos egípicios iriam para Orion e para Capela. Transcrevo abaixo o trecho:
 
        Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com o seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis. Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga.
        Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema de Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservaram-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões. (11)
 
 
 

 
 
Em um próximo Post escreverei sobre OS MISTÉRIOS DE ELÊUSIS...
 
 
 O conceito de espírito abordado na espiritualide Egípcia e na Doutrina Espírita:Um paralelo.
 
 
Um outro ponto interessantíssimo para ressaltarmos, é a conceituação do espírito na visão egípcia: segundo ela, a alma do falecido desencarnava acompanhada pelas “crianças de Heru”. Essas “crianças” seriam os campos energéticos do estômago, fígado, pulmões e intestinos. Elas são companheiras da alma do falecido e formam o Eb (coração espiritual), o Ka (corpo de desejo) e o Kha (espírito)
 
 
Essas crianças de Heru eram  também chamadas de “quatro filhos da luz”. Tais órgãos eram representação de algo que ia além do conceito de partículas químicas e matéria.
Para os egípcios, todas as ações de um indivíduo refletiam-se  emocionalmente através de um dos centros de força desses pontos, os “filhos de Heru”. Esses “centros de força” dominados por sentimentos inferiores, mostravam que o falecido  não conseguiria reunir, após a morte, o corpo astral com suas faculdades espirituais para conseguir permanecer na vida eterna, estando, sujeito,portanto, à  necessidade de reencarnação futura.
 
  Eis, em linhas gerais, o  que era ensinado: sem  o controle dos instintos inferiores (emotividade e impulsos  carnais) a alma do falecido não tinha condições de permanecer na espiritualidade por não ter se libertado das impressões do mundo material.
 
A doutrina espiritual egípcia dizia  que a constituição humana  era composta de nove corpos. Na verdade, esse número “nove”  era simbólico. Não expressava  nove corpos reais, mas sim, as funções e características do corpo espiritual. Fascinante notar que muitas dessas características é hoje ensinada pelos espíritas dentro do conceito de corpo, perispírito, mente consciente, campos energéticos, centros de força  e espírito.
 
Vejam a análise de cada um desses nove corpos, sob o conceito da espiritualidade egípcia, e, logo a seguir, sob o enfoque do Espiritismo:
 
1)    Khu: espírito universal de deu que dá vida a tudo no universo e existe em cada átomo.
 
Seria,para os seguidores de Kardec, a força gravitacional molecular que impera em todos os corpos vivos.
 
2)    Ba: alma humana que reside na medula dos ossos e dá a vida.
 
Seria, para os espíritas, o principio da animação da matéria.
 
3)    Ka é a maneira de pensar, o ego.
 
Seria, para a doutrina espírita, o espírito consciente.
 
4)    Saah: O corpo que transmite força, vitalidade, qualidades genéticas e proteção.
 
Para os espíritas, seria o centro de força Genésico.
 
5)    Kihibit: corpo astral, também conhecido como corpo de luz ou corpo do plano, uma vez que pode adquirir a mesma forma de cada ser humano em que está localizado. Segundo os egípcios, esse corpo era o responsável pela habilidade do indivíduo aprender  sobre os diferentes reinos de existência.
 
Impressionante aqui a descrição exata que, nós, os espíritas, damos ao Perispírito!
 
6)    Sekhen: é o corpo eletromagnético que circula dentro e fora  do corpo físico, trazendo correntes de energia para nutrir a alma humana. Segundo os antigos egípcios, esse “corpo” era o responsável pelo processo de cura de uma doença.
7)      Nesse trecho, descobrimos  que já os antigos egípcios associavam o magnetismo  à cura, exatamente como os espíritas fazem hoje, usando passes e águas fluidificadas.
 
 Os médicos do antigo Egito (pasmem!) eram chamados de “Sacerdotes de Sekhen!”
 
7) Eb: o “corpo” que se situava na área entre o coração e o plexo solar, responsável pela emotividade.
Seria, para os espíritas, o centro de força cardíaco.
 
8) Ren: é o “corpo” do “som” dos órgãos internos.
 Seria, para nós, espíritas,  o conjunto de vibrações energéticas harmonizando todo o organismo.
 
9) Khat: o corpo físico. Para os espíritas, exatamente é o mesmo conceito. O corpo carnal.
 
 Gostaria, nesse momento, de deixar para você que teve o carinho e a paciência de ler o post até aqui, de expressar uma idéia singela, mas que é verdadeira  bússola,i mprescindível aos  que desejam encontrar o “Caminho”, fugindo  das mistificações "baratas" e da maldade: Deus sempre irradiou aos homens a “Verdade”, porém, cabe a nós, operários da evolução espiritual, continuar a trilhar esse caminho com estoicismo, desbravando os corações  humanos com amor, perseverança e laborioso trabalho.
 

Para finalizar o post deixo as confissões da Mãe Real, um verdadeiro show de consciência ecológica e de cidadania, um grande exemplo para os nossos dias! Percebam a elevada qualidade moral implícita nas negações, moral essa que serve de parâmetro para um perfeito equilíbrio emocional do indivíduo, para a sua relação com o seu próximo, com os animais,com sua cidade e com todo o meio ambiente!



“ A vitoriosa mãe real, Nezemt, que é unida a Osíris, diz:


1)Salve, Usekht, que vem de Eunu

Eu não cometi pecados


2) Salve, Oenshest, que vem de Kher-Ahau

Eu não assaltei


3)Salve, Eri-Tehury, que vem da cidade dos Oitos (Hermópolis)

Eu não roubei


4) Salve, Hega-Khibit, que vem de Ra-Stet

Eu não agi com violência


5)Salve, Há-Hera, que vem de Ra-Stet

Eu não matei seres humanos.


6)Salve, Rulty, que vem do céu

Eu não roubei oferendas.


7)Salve, Maat-Fy-M-Seshet, que vem de Sekhem

Eu não causei destruição.


8)Salve, Nebew, que vem de Khetkhet,

Eu não pilhei a divina propriedade do templo.


9) Salve, Sedqeset, que vem de Hetsuten-Khenen

Eu não cometi falsidade.


10)Salve, Uadtu-Nesert, que vem de Het-Ka-Ptah

Eu não saqueei grãos.

2) Salve, Qerty, que vem de Ementet,

Eu não amaldiçoei.


12)Salve, Hed-Ebhu, que vem de Ta-She.

Eu não transgredi.


13)Salve, Emy-Senty,que vem do matadouro,

Eu nãoabati o rebanho divino do templo.


14)Salve, Emy-Besk, que vem de Maab,

Eu não fiz o mal.


15) Salve, Nebt Maat, que vem de Maaty,

Eu não saqueei a terra cultivada.


16) Salve, Temmy, que vem de Best,

Eu não agi com luxúria.


17) Salve, Nadiu, que vem de Eunu,

Eu não amaldiçoei ninguém.


18)Salve, Nedty, que vem de Aty,

Eu não fiquei irada sem causa justa.


19) Salve, Oammty, que vem de Khebt,

Eu não dormi com o marido de nenhuma mulher.


20) Salve, Maa-Em-Af, que vem de Per-Emsu,

Eu não polui a mim mesma.


21) Salve, Her-Peru, que vem de Amu,

Eu não aterrorizei nenhum homem.


22) Salve, Sckhemwet, que vem de Kheru,

“Eu não pilhei”.


23)Salve, Shedu-Kheru,que vem de Uri,

Eu não agi com raiva.


24)Salve, Nekheru, que vem de Uasty,

Eu não me fiz de surda ao ouvir as palavras da justiça e da verdade.


25)Salve, Sert-Kheru,o que vem de Unes,

Eu não atiçei brigas.


26)Salve, Djety, que vem de Shetawi,

Eu não fiz ninguém chorar.

27)Salve, Her-Fy-M-Há-Tep-Fy-Ert-Fy-Dbw-Tep-F, que vem de Tebhw,

Eu não forniquei.


28)Salve,Tau-Rdy, que vem das Trevas,

Eu não destruí meu coração.


29) Salve, Kenmmty, que vem de Kenmmty,

Eu não amaldiçoei ninguém.


30)Salve, Em-Hetepu, que vem de Zsau,

Eu não exagerei.


31)Salve, Nebt-Heri,que vem de Nedtw,

Eu não realizei julgamentos precipitados.


32)Salve, Sedhui, que vem de Wdez,

Eu não cortei a pele e pelos de animais sagrados.


33)Salve, Nebt-Abuy, que vem de Zsalty,

Eu não elevei minha voz em conversas.


34)Salve, Nefer-Tumm,que vem de Het-Ka-Ptah,

Eu não cometi pecados e não procedi mal.


35)Salve, Tum-Septy, que vem de Djedu,

Eu não amaldiçoei a realeza.


36)Salve, Erw-M-Eb-F, que vem de Tebuty,

Eu não desperdicei água.


37) Salve, Hed Rexty, que vem de Zsat,

Eu não amaldiçoei divindades.


39)Salve, Nehebt-Nefert, que vem de sua caverna,

Eu não agi com falso orgulho.


40)Salve, Nehebt-Ka,que vem de sua caverna,

Eu não agi com desdém.


41)Salve, Tseru-Tep, que vem de seu santuário,

Eu não aumentei minhas riquezas exceto por meio de meus próprios recursos.


42)Salve,Ena-F que vem de longe...

Eu não desprezei o princípio de minha cidade.






 
 
Citações, comentários e bibliografias:
 
1)O papiro de Ani foi encontrado em Tebas. Não há data nele, mas os pesquisadores acreditam que seja do período que compreende  1200-1500 ªC. O papiro foi comprado pelo museu britânico em  1888.
 
 
2) “Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.” Mateus, Capítulo VII, Vv 8.
 
3) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, tradução de J Herculado Pires, edição de bolso,7ª edição,2003.
 
 
 
4) ” O Livro dos Mortos do Antigo Egito”, Dr Ramses Seleem, editora Madras, 2005. Aqui eu encontrei os pontos principais desse estudo. Aconselho a leitura aos interessados, para terem uma visão mais abrangente da espiritualidade dos antigos egípcios..
 
5) .S. JOÃO, cap. XIV, vv. 1 a 3.
 
 
 
6) “Evolução em dois Mundos” Do espírito André Luis, psicografado por Chico Xavier,12º edição, 1991.
 
7)E. de Rougé , Revue Archéologique, 1860.
 
8) “Os Exilados de Capela”, Edgard Armond, 30ª edição,1995.
 
9) “Universo e Vida”-1ª edição-Hernani T.Santanna-Pelo espírito Áureo-1978.
 
10)   “ A Caminho da Luz”- Francisco Cândido Xavier-ditado pelo espírito Emmanuel,22º edição, pág 33)
11)   “ A Caminho da Luz”- Francisco Cândido Xavier-ditado pelo espírito Emmanuel,22º edição)