"Os mamíferos que se ligam a nós outros por extremos laços de parentesco, em se desencarnando, agregam-se aos ninhos em que se lhes desenvolvem os companheiros e, qual ocorre entre os animais inferiores, nas múltiplas faixas evolutivas em que se escalonam, não possuem pensamento contínuo para a obtenção de meios destinados à manutenção de nova forma.
Encontram-se, desse modo, aquém da histogênese espiritual, inabilitados a mais amplo equilíbrio que lhes asseguraria ascensão a novo plano de consciência.
Em razão disso, efetuada a histólise dos tecidos celulares, nos sucessos recônditos da morte física, dilata-se-lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com exceção de raras espécies, se demoram por tempo curto, incapazes de maliar os órgãos do aparelho psicosomático que lhes é característico, por ausência de substância mental consciente.
Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se fluam durante certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte do corpo carnal, em pesada letargia, semelhante à hibernação, acabando automaticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se ajustam, retomando o organismo com que se confiarão a nova etapa de experiência, com os ascendentes do automatismo e do instinto que já se lhes fixaram no ser, e sofrendo, naturalmente, o preço hipotecável aos valores decisivos da evolução."
Evolução Entre Dois Mundos -Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira-
André Luiz -Página 87- (Uberaba, 9 de Março de 1958)
Fascinante como com tão poucas palavras, André Luiz, na psicografia de Chico Xavier e de Waldo Vieira, nos traz uma enorme quantidade de informações que levantam o véu dos mistérios que cercam a questão da alma dos animais...
Para melhor nos aprofundarmos nos riquíssimos detalhes que o trecho acima nos revela, analisaremos cada parágrafo para capturarmos os desdobramentos que essas revelações têm em seu bojo:
"Os mamíferos que se ligam a nós outros por extremos laços de parentesco..."
Francisco de Assis já sabia o que muitos se recusam a enxergar: somos todos irmãos, homens e animais... Os animais são nossos companheiros na jornada evolutiva e vão ter, um dia, o mesmo destino espiritual que nós teremos. Têm um principio inteligente que paulatinamente progride rumo ao pensamento contínuo e à obtenção do "diploma" de espírito. Têm psiquês, embora ainda embrionárias, que caminham para o reino hominal. As espécies mais evoluídas possuem instintos, sentimentos, memória fragmentada e inteligência e evoluem gradativamente, por meio de contínuos estímulos causados pelas sucessivas reencarnações. Irão conquistar a consciência de si próprios!
Um dos momentos mais emocionantes pelo qual passei foi quando minha gata, Isis, morria devido a uma doença fatal, a aids felina. Meu filho, para despedir-se dela, segurou-a no colo com imenso amor e disse em seu ouvido o seguinte:
"Minha linda... Vá tranquila e siga seu caminho... Deus vai permitir que eu a acompanhe um dia, quando já mais ao longe, no céu, você se estiver se preparando para voltar e se tornar uma menininha... Eu estarei lá para guiá-la... Eu prometo!"
Impressionantes a intuição e a fé do meu filho que, sem ter lido os livros espíritas, tinha em seu coração a verdade propagada pelas hostes do Consolador!
"...os animais inferiores, nas múltiplas faixas evolutivas em que se escalonam, não possuem pensamento contínuo para a obtenção de meios destinados à manutenção de nova forma.
Encontram-se, desse modo, aquém da histogênese espiritual, inabilitados a mais amplo equilíbrio que lhes asseguraria ascensão a novo plano de consciência..."
No mesmo livro, Evolução Entre Dois Mundos, André Luiz nos ensina que o tesouro da consciência nasce pelo pensamento contínuo...
"...O continuísmo da ideia consciente acende a luz da memória sobre o pedestal do automatismo... as ideias relâmpagos ou as ideias fragmentos da crisálida de consciência, no reino animal, se transformam em conceitos e inquirições, traduzindo desejos e ideias de alentada substância íntima..."
Como se vê, aos poucos, a energia mental agrega em si complexidade e atributos devido aos estímulos das sucessivas encarnações...
Os animais inferiores, ainda em faixas evolutivas primitivas, não possuem pensamento contínuo em um grau que lhes permita manter o perispírito na erraticidade. Por isso, não são capazes ainda de praticarem a histogênese espiritual.
A histogênese é o processo de desligamento do perispírito no momento da morte e a conservação do mesmo no mundo espiritual. É pela histogênese que os orgãos "sutis" vão recompor o perispírito para que este seja o veículo condutor do espírito que, após a morte, entra em nova dimensão.
"...Em razão disso, efetuada a histólise dos tecidos celulares, nos sucessos recônditos da morte física, dilata-se-lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com exceção de raras espécies, (Percebam: há especies que conseguem fazer a histólise espiritual,e, graças a isso, vão poder habitar a erraticidade!)se demoram por tempo curto, incapazes de maliar os órgãos do aparelho psicossomático que lhes é característico, por ausência de substância mental consciente..."
Como foi magistralmente explicado por André Luiz, os animais mais primitivos, após a morte, quando há a separação do corpo e do princípio inteligente, ainda não são capazes de manter o perispírito e, por isso, ficam pouco tempo na erraticidade.
Por não terem substância mental consciente, não passam pela metamorfose que lhes daria uma existência extra corpórea. Ainda lhes falta o casulo que lhes permitiria abrir as asas diáfanas da espiritualidade consciente. E,por isso, entram num "torpor", num tipo de "hibernação" e logo são reconduzido à reencarnação para a continuidade da sua evolução rumo à imortalidade.
"...Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se fluam durante certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte do corpo carnal, em pesada letargia, semelhante à hibernação, acabando automaticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se ajustam, retomando o organismo com que se confiarão a nova etapa de experiência, com os ascendentes do automatismo e do instinto que já se lhes fixaram no ser, e sofrendo, naturalmente, o preço hipotecável aos valores decisivos da evolução..."
Há diversos relatos psicografados sobre cidades espirituais e animais existentes por lá. São muitos animais, geralmente mamíferos ( gatos, macacos,cães, cavalos...) utilizados como companheiros para missões de resgates no "Umbral", como "anjos" que alegram os espíritos do além, exatamente como os animais já fazem aqui na Terra...
Um aparte: na Cabala a palavra "anjo" é usada para designar as criaturas pertencentes ao reino animal...
Logo, podemos deduzir corretamente o seguinte: os animais que já galgaram um pouco mais a escada evolutiva têm a capacidade de se manterem individualizados na erraticidade.
Talvez com doação energética dos espíritos,são eles, os animais, capazes de condensarem e formarem o perispírito e manterem os centros de força (chakras) no "além", embora saibamos que não têm a mesma complexidade do " psicosoma" dos espíritos desencarnados.
Vi outro dia uma interessante reportagem na TV Mundo Maior onde alguns medium já defendem a liberação de passes para os animais doentes... Antes, muitos diziam que o passes não eram adequados para os animais por terem eles uma "energia" muito diferente, da nossa,mas parece que esse conceito está mudando...
Link para a reportagem da TV Mundo Maior:
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